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segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Zinho: ‘O G-4 é possível, mas já trabalho para o próximo ano’
O diretor de futebol vê chegada de Dorival como divisor de águas no Fla
RIO - Zinho completa neste domingo 100 dias como diretor de futebol do clube. Faz um balanço, revela conselhos de Zico e diz por que acredita que vai conseguir transformar o futebol do Flamengo em um ambiente profissional.
Que balanço você faz destes 100 dias?
ZINHO: Sabia das dificuldades, mas não esperava tantos problemas. Cheguei a uma semana do Brasileiro, saiu o principal jogador, tive de trocar o treinador e remontar um elenco. O trabalho que estamos fazendo agora, reajustando um elenco que é desequilibrado, nas posições e funções dos jogadores que temos, é para ser feito no Carioca, início do ano.
Sobre a troca do Joel pelo Dorival...
ZINHO: Quando eu cheguei, o Joel já era o treinador. Apoiei o trabalho. Numa época, todos os dias saía o nome de um treinador. Era constrangedor, porque saía meu nome, que liguei pro Dunga... Eu ia falar com o Joel: “Se houver troca de técnico, vai saber por mim”. Até pela história do Joel, o currículo, até pela idade maior que a minha, foi um momento difícil, constrangedor, chamá-lo e comunicar a decisão.
O que pesou na escolha do Dorival? Como vê o trabalho dele até agora?
ZINHO: Jogamos juntos poucos meses no Palmeiras. Mas acompanho futebol. A postura, as entrevistas... E, no meio do futebol, todo mundo sabe quem é quem. Quem é o traíra, o cara correto, o boa gente, o que é boa gente, mas não resolve, o que é turrão, mas traz resultado... E ele tem um currículo de respeito. O que tem mais me impressionado é a dinâmica, a intensidade dos treinos. Motiva, cobra, é 100% o tempo todo. É detalhista, me pediu para conhecer tudo, falou até sobre a rouparia! Tem a preocupação de estar tudo organizado. Isso passa para o jogador um ambiente de trabalho sério.
Muitos têm destacado a exigência do Dorival nos treinos. E sempre se disse que, no Flamengo, jogadores derrubam o treinador que cobra muito. Por que isso mudaria?
ZINHO: Quando o atleta vê o trabalho sério, bem feito dentro de campo, ele sabe que, se não for junto, vai ficar para trás. Jogador é inteligente. O que eu queria implantar é o que está acontecendo agora. Este trabalho me traz uma confiança de profissionalismo, modernização. Sair aquele rótulo de que no Flamengo é tudo mais light, treina menos, vai só com o nome, com a camisa. Mas isso leva tempo para mudar.
Zico, em 2010, e Luxemburgo, em 2011, reclamaram de falta de autonomia para gerir o futebol. Você tem essa queixa?
ZINHO: Não tenho. Escolher jogador é decisão minha com a comissão técnica. Quem é de outras áreas não palpita sobre qual posição, qual jogador. Uma vez escolhido, vamos ver financeiramente. Aí, conversamos com o departamento financeiro... Antes de vir, recebi conselho do Zico, do Júnior, que são meus amigos: “Olha, no futebol, você busca autonomia, é você quem escolhe. Financeiramente, tenta se respaldar. Quando for fazer qualquer transação, tem que ter assinatura de todo mundo”. Então, hoje, se vou contratar alguém, a Patrícia Amorim está consciente, assina; o Michel Levy assina; o Coutinho... Isso foi um conselho importante do Zico. E não tenho do que reclamar. Tenho apoio do Hélio Ferraz, da Patrícia...
A estratégia de só tentar reforços de nome na janela foi errada?
ZINHO: Vimos possibilidades. Mas que clube trouxe um meia? Não houve tantos nãos como se disse. Eu queria, mesmo, Diego e Juan. Estes, pode pôr na minha conta. Houve sondagem ao Renato Augusto, caríssimo, e cheguei a falar com Conca, caríssimo. O Riquelme pintou a oportunidade no fim, mas veja como ficou. Ele ainda é do Boca. Financeiramente, teve acordo com ele. Mas eu dizia na Gávea: é solução para um mês, de Ibope, de oba-oba. Para um campeonato longo, não daria o que queremos. Seguimos abertos a reforços, mas na época da janela a luta era maior.
Até onde o time pode ir?
ZINHO: O G-4 está distante, mas é possível. Os dois clássicos são fundamentais para dizer: é buscar o G-4 ou estabilizar com o trabalho de remontagem do elenco para o próximo ano? O fim do turno te diz muito. Se não, depois precisa de milagre...
fonte o globo
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