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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Flamengo aposta em marketing forte para reverter quadro financeiro para 2013

por Bruno Braga


Com somente R$ 8 milhões a receber com o contrato de televisão em 2013, a gestão de Eduardo Bandeira, que tomará posse como presidente do Flamengo no dia 2 de janeiro, precisará ter um departamento de marketing eficiente se quiser manter as principais despesas do clube em dia. Além das negociações com empresas para patrocinar o clube e, possivelmente, arcar com o salário de um craque para o time, o marketing, comandado pelo vice-presidente de planejamento e marketing, Luiz Eduardo Baptista, é a principal aposta para reverter o quadro preocupante das finanças do clube. E neste momento o departamento revisa o contrato com a Adidas para tentar melhorar cláusulas que considera desfavorável ao clube a longo prazo e conseguir, já no início de 2013, receber um valor capaz de melhorar a situação dos combalidos cofres.

Embora entenda que precisa melhorar clásulas contratuais de licenciamento, de adequação do valor anual por título, o tempo escasso pode ser um adversário. No próximo dia 21 de dezembro, o Flamengo precisa depositar R$ 3 milhões para rescindir com a Olympikus. Caso contrário a empresa permanecerá com a exclusividade no fornecimento de material esportivo. O prazo para a Adidas desenvolver os produtos e entregar até o Campeonato Brasileiro de 2013, e a necessidade de recursos imediatos para a próxima temporada tornam o acordo neste fim de ano fundamental para dar fôlego financeiro ao clube.

- Dez anos é muito tempo, em futebol então… Não sabemos o que está por vir nos próximos anos. Temos prazo até o dia 21 (de dezembro) para pagar a multa rescisória (para a Olympikus), é um compromisso, não posso mudar isso. Em relação a Adidas, em entendo a pressa deles, mas estamos no século 21. Se chegar a bom termo… Ter que definir seis meses antes quem vai estar estampado na camisa do Flamengo em junho do ano que vem, não dá. Não vou botar no papel algo que não vou cumprir, mas não vamos deixar de fechar por uma cláusula dessas – explicou Luiz Eduardo Baptista.

Após a possível assinatura do contrato com a Adidas, o clube receberá R$ 25 milhões de luvas, valor que a nova diretoria considera importante e citado na coletiva de terça-feira pelo vice de futebol Wallim Vasconcellos. A herança de dívidas deixadas pela gestão de Patricia Amorim dificulta o trabalho inicial da cúpula de Eduardo Bandeira, já que grande parte da principal receita está comprometida. Além da receita prevista com o contrato com a Adidas, a diretoria espera lucrar no mínimo R$ 40 milhões em patrocínio na camisa. E aposta na estratégia de rodízio para atrair os novos anunciantes.

- Estamos com várias conversas encaminhadas, mas nada fechado. Eu estou conversando com um número razoável de empresas. Algumas estamos no 39 segundo tempo, outras no intervalo. Tem jogo que sai na frente e perde, ou que sai atrás e ganha. Para conseguir três bons, não pode conversar só com três. Todos têm potencial. Mas uma coisa é ser ótimo e não ser adequado com o Flamengo. O rodízio eu gosto da ideia, agora, se alguém chegar que não quer e paga prêmio privilegiado…mas acho que a ideia é melhor para conseguir mais dinheiro, do que um máster e dois menores. De repente não querem pagar o que precisa. Eu quero 100 milhões. Mínimo não vou falar – acrescentou Luiz Eduardo Baptista, o Bap.

Nos próximos dias, a diretoria do Flamengo terá uma reunião com representantes da Adidas para debater pontos que ainda precisam ser discutidos para que o contrato seja encaminhado para o Conselho Deliberativo. Além de oferecer R$ 363 milhões por dez anos de contrato, o melhor do Brasil em fornecimento de material esportivo, a Adidas pela primeira vez colocará um clube da América Latina entre os classe A, junto com Real Madrid, Chelsea e Milan. A preocupação do clube, no entanto, é não prometer à multinacional o que o clube não pode cumprir.

- Todos os contratos são importantes. Mas eles têm que estar alinhados com o planejamento. Não adianta assinar, é como casamento, vai ficar dez anos juntos, tem que pensar nas implicações. A versão do contrato que eu vi não trata de renovação a cada cinco anos. Eu sugeri que tivesse uma janela, mas não adianta se o lado de lá não concordar. Estamos discutindo detalhes. Tem reunião, não lembro agora o dia… Qualquer grande marca que pensa em se associar ao Flamengo merece graditão ao respeito. A gente não tem uma postura arrogante, exigente, só acha que tem que permitir que o Flamengo seja realmente grande, seja bom para os dois. Vamos conversar com eles, com mais gente também, como qualquer negócio. Antigamente não tinha tablet. Não sabia qual era o seu emprego. Precisamos alinhavar isso tudo. Temos esse prazo, mas temos de negociar um contrato bom para todas as partes. O contrato é de 35 milhões, mas não é todo esse dinheiro que vem para as nossas mãos. se for ver o contrato do corinthians pode ser até melhor – encerrou Luiz Eduardo Baptista.




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