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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Nova diretoria deve iniciar auditoria no Flamengo logo após a posse

Wallim Vasconcellos confirma que clube está quase fechado com empresa, mas descarta caça às bruxas: 'Precisamos saber como recebemos o clube'

Wallim Vasconcellos é o novo vice de futebol do
Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)

A diretoria eleita do Flamengo, liderada por Eduardo Bandeira de Mello, iniciará, tão logo tome posse no clube, em janeiro, uma minuciosa auditoria nas finanças rubro-negras. A intenção é saber a real situação em que o clube se encontra para que se possa fazer um planejamento preciso de reestruturação. Por ora, a diretoria evita falar muito sobre o tema, com receio de que a auditoria possa ser interpretada como caça às bruxas pela atual gestão e, dessa forma, dificultar a transição. No entanto, o novo vice de futebol Wallim Vasconcellos, que chegou a ser candidato à presidência pela Chapa Azul mas foi impugnado, confirmou ao GLOBOESPORTE.COM que o Flamengo está próximo de fechar com uma empresa para conduzir o estudo.

O plano da nova diretoria é enxugar as despesas, podendo haver cortes no quadro de funcionários por questões financeiras ou substituição de pessoal, e canalizar o investimento em um primeiro momento para o futebol. De acordo com Wallim, é necessário saber a situação em que a nova diretoria receberá o clube.

- Essa questão de caça às bruxas não existe. A gente tem de fazer uma auditoria, está praticamente fechada, vamos contratar uma grande empresa e anunciar em breve. Precisamos saber efetivamente como recebemos o clube. Isso é importante para o torcedor e para a gente também, para não ser acusado depois de aumentar dívida. A partir daí, tem é de trabalhar. Se alguém fez alguma coisa errada contra o clube, tem de ser responsabilizado nas instâncias devidas do Flamengo. Mas de maneira nenhuma caça às bruxas. Queremos uma auditoria eficaz para saber em que situação se encontra o clube. Se os procedimentos foram seguidos, bola para frente. Se não foram, isso caberá às comissões do clube analisar. A gente não tem de olhar para trás, mas para frente. O para trás vai aparecer na medida em que tivermos os resultados da auditoria - explicou Wallim.

Com os adiantamentos e luvas do contrato de transmissão de jogos feitos por Patrícia Amorim, o Flamengo já comprometeu mais de 90% dos seus recursos dessa natureza, restando cerca de R$ 8 milhões dessa verba para 2013. As contas de 2011 ainda não foram votadas no Conselho Fiscal, que tem de emitir um parecer, e no Conselho Deliberativo. No exercício de 2010, as contas foram aprovadas com ressalvas. Os números de 2012 ainda estão em aberto, mas houve problemas no primeiro semestre, quando a diretoria não emitiu nenhum dos balancetes trimestrais e teve de ser feito, por ordem do Conselho Fiscal, um balanço semestral extraordinário para que os conselheiros pudessem verificar as contas. Ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o novo vice de futebol do Flamengo afirmou com veemência que, apesar dos problemas, o clube tem solução.

- Eu participei de várias operações no BNDES com empresas em situações muito complicadas. Mas colocando uma boa gestão e dinheiro, todas elas sobreviveram. Obviamente você tem de ter um bom produto, mas o Flamengo é um bom produto, tem uma excelente marca, espetacular. Se você tiver criatividade para gerar recursos, e nós sabemos gerar esses recursos, o clube é totalmente viável. Já participamos de operações muito complexas, então não é um desafio que nos assuste. Se nos assustasse, não estaríamos aqui. Se entramos é porque temos certeza que vamos conseguir resolver - concluiu Wallim.




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