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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Criação de empresa: a cartada do Flamengo





- Clube planeja companhia privada e fundo de investimento para comprar jogadores

- Outra aposta é o programa de Sócio-Torcedor




CARLOS EDUARDO MANSUR

Jogadores do Flamengo descansam durante treino no Ninho do Urubu Cezar Loureiro / O Globo


RIO - Em qualquer conversa, os dirigentes do Flamengo mostram uma certeza: a partir do segundo semestre, o poder de fogo do clube para reforçar o time será maior. E a estratégia tem três pilares. Primeiro, o lançamento de um novo programa de Sócio-Torcedor. Logo adiante, virão outros dois passos decisivos, com um olhar diretamente voltado para o mercado. Um deles, a criação de uma empresa, que terá gestão independente do clube e investidores como cotistas, com o objetivo de comprar direitos econômicos de jogadores no mercado. Mais à frente, após cumprir trâmites legais, o plano é criar um fundo de investimento, em moldes parecidos com o anunciado recentemente pelo Santos.

A formatação do modelo da companhia que o Flamengo pretende lançar está a cargo de Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e vice-presidente de Negociação da Dívida, cargo criado pela nova diretoria. A empresa terá um gestor independente, não pertencerá ao Flamengo e buscará investidores no mercado. Estes serão os cotistas e os ativos serão os direitos de jogadores adquiridos. Ou seja, os direitos de jogadores que já pertencem ao Flamengo não serão incorporados ao patrimônio da nova companhia. O clube afirma já ter “uma fila de interessados” em investir na nova empresa, assim que ela for criada. Os potenciais alvos buscados pelo clube para a injeção de capital no projeto não são somente os tradicionais agentes de futebol, mas empresas de outras áreas.

Clube capitalizado em 2013

Ao Flamengo, mais especificamente à área técnica do futebol, caberia a indicação de nomes de jogadores que interessam ou, ainda, a detecção de atletas com potencial de valorização. A questão, no momento, é a criação de regras de governança da empresa, determinando em que momentos e em que condições o jogador pode ser vendido. O desafio é equilibrar o interesse dos investidores, que precisam realizar lucro, e o do clube, de modo que o time não fique prejudicado com uma venda. O Botafogo, que tem uma empresa para gestão de direitos ligados ao futebol, é citado como exemplo na Gávea.

O projeto final é lançar um fundo de investimento para a contratação de jogadores. No entanto, a constituição do fundo exige um tempo maior para atender questões legais, como registro e aprovação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Seria preciso, ainda, encontrar uma empresa do mercado financeiro para a gestão do fundo e um banco para administrá-lo. A diretoria aposta que o novo modelo, desvinculado da gestão do clube, teria a credibilidade necessária para atrair investidores. A ideia é que os dois projetos - da fundação da empresa e a criação do Fundo - já rendam dividendos ao clube até o fim de 2013.



A ação mais imediata para ampliar a capacidade do clube de investir em jogadores é a reestruturação do programa de Sócio-Torcedor. Na nova etapa, a ideia é criar benefícios que incluam descontos na venda de ingressos e um plano de fidelização. Até agora, em 2013, o Flamengo só contratou jogadores sem custo. Gabriel e Wallace, cujos direitos pertencem a investidores, fizeram contratos longos com o Flamengo. Por empréstimo gratuito vieram Carlos Eduardo, Elias e João Paulo. Em todos os casos o clube tem a opção de compra e, para fazê-lo, precisará estar capitalizado até o fim do ano.

Nesta terça-feira, o vice de marketing do clube, Luiz Eduardo Baptista, conversou com os jogadores e explicou os compromissos que devem ter com os novos patrocinadores do clube.

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