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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Com ginásio abarrotado, Brasília bate o Fla no clássico dos coadjuvantes




Nezinho e Paulão comandam a vitória do time da casa por 82 a 70, para delírio da torcida que superlotou o ginásio Nilson Nelson: 16.352 pagantes


Por Marcello PiresDireto de Brasília




O duelo entre os dois gigantes do basquete brasileiro levou público recorde da temporada ao ginásio Nilson Nelson, em Brasília, na noite desta quinta-feira. Era tanta gente que até a capacidade oficial do local - de 14.000 torcedores de acordo com a assessoria de imprensa do Brasília - foi superada, na vitória dos donos da casa sobre o Flamengo, por 82 a 70: 16.352 torcedores viram o cestinha Nezinho fazer 18 pontos e ser, ao lado de Paulão, um dos grandes nomes da noite.

Apesar de estarem em menor número, os torcedores rubro-negros lotaram seu espaço - que não era pequeno – e não pararam de cantar. A torcida dos donos da casa, então, nem se fala. A procura por ingressos foi tanta, que o público superou em muito os 3.330 de Mogi das Cruzes e Franca – até então o maior do campeonato - e muita gente ficou do lado de fora. Com a bola em movimento, as duas equipes deixaram a rivalidade e as recentes polêmicas fora da quadra e fizeram um jogaço digno do tamanho do maior clássico da modalidade no país. No fim, vitória incontestável do Brasília, em partida válida pela 25ª rodada da primeira fase do NBB.

Numa noite em que as estrelas dos dois times não brilharam como de costume, coube aos coadjuvantes se destacarem. Se de um lado Nezinho e Paulão supriram a falta de inspiração de Guilherme e Alex, que, diga-se, se redimiu com ótima atuação no último quarto, do outro Duda e Olivinha - o cestinha entre os cariocas com 17 pontos - ocuparam os lugares de destaque de Benite e Marquinhos, que talvez tenha feito sua pior partida na competição. O resultado diminui o prejuízo do vice-líder Brasília para apenas duas derrotas a mais que os rivais (4 a 2) e mantém os tricampeões na briga pela melhor campanha na fase de classificação.

- O jogo começou morno, diferente da intensidade com que Brasília costuma atuar. É uma vitória importante. Queríamos ter vencido com uma diferença de 15, porque no Rio perdemos de 14 - comentou Alex, em entrevista ao SporTV, referindo-se à derrota por 102 a 88 no primeiro turno, a única do Brasília para o Fla em quatro duelos na temporada.

Do lado rubro-negro, que segue líder com 91% de aproveitamento, Marquinhos reconheceu a noite ruim:

- Não conseguimos fazer o que a gente faz, que é defender bem e sair para o contra-ataque. Infelizmente, não joguei uma boa partida e agora é pensar no próximo jogo - afirmou Marquinhos, autor de apenas sete pontos, em entrevista ao SporTV.



As duas equipes voltam à quadra pela 26ª rodada, neste sábado. Enquanto os rubro-negros viajam até Fortaleza para pegar o Basquete Cearense, às 16 horas, Brasília volta a jogar em casa diante do Tijuca, às 16h30m.

Um dos nomes do clássico, Nezinho sobe para converter dois pontos para o Brasília (Foto: João Pires/LNB)

O jogo

A primeira cesta foi do Flamengo, com Benite, e o primeiro quarto parecia que também seria. O time carioca começou com a mão quente e logo abriu 11 a 5. Os donos da casa erravam muito e a diferença de seis pontos se manteve até 13 a 7. José Carlos Vidal, então, trocou Guilherme Giovannoni por Márcio Cipriano. A mudança surtiu efeito, a marcação dos donos da casa melhorou, o ataque fez seis pontos seguidos e o placar ficou igual. O lucro só não foi total porque Olivinha ainda encontrou tempo de fazer uma bandeja para recolocar os visitantes em vantagem por 15 a 13.

Apesar da desvantagem no marcador, o momento era todo de Brasília. E isso ficou evidente no placar. Depois de o jogo seguir arrastado até 22 a 21, os donos da casa acertaram a mão e as bolas de três pontos começaram a cair e fazer a diferença. Nezinho converteu duas, e Guilherme uma, contra apenas uma de Duda, e a vantagem foi para sete pontos. O camisa 10 rubro-negro também estava quente, e, novamente numa bola de três, diminuiu o prejuízo para quatro pontos, que só não se manteve antes do intervalo porque Arthur anotou dois lances-livres para fazer 37 a 31.


Torcedores lotam o ginásio Nilson Nelson para o clássico do NBB (Foto: Lydia Gismondi)

Se o jogo já era bom, ficou ainda melhor no terceiro quarto. Se Alex e Guilherme erravam mais do que acertavam do lado de Brasília, Marquinhos e Benite repetiam a dose pelo lado rubro-negro. Sendo assim, coube a Nezinho de um lado e a Duda do outro carregarem suas equipes no período. O Flamengo chegou a diminuir a vantagem para apenas um ponto, mas o camisa 23 da capital federal levou a melhor sobre o 10 da Gávea, e os donos da casa abriram nove pontos, a maior vantagem do jogo até então.

A diferença no fim do terceiro período até diminuiu para cinco pontos, mas os rubro-negros voltaram nervosos nos últimos dez minutos. O paraguaio Bruno Zanotti se enroscou suas vezes com os adversários. Na primeira, a arbitragem deu uma técnica, que Arthur aproveitou. Na segunda, ele levou a melhor e provocou a terceira falta de Guilherme. Mas Brasília era muito melhor e, com alguns lampejos de Alex e Guilherme, abriu sua maior vantagem no jogo até então a cinco minutos do fim: 68 a 56.

O resultado parecia consumado em favor dos donos da casa, mas quando se trata de Flamengo e Brasília é melhor não arriscar. A diferença caiu para seis pontos, o jogo ganhou em emoção e parecia que os cariocas reagiriam. Mas após dois vacilos ofensivos consecutivos dos visitantes e, enfim, grandes lances de Alex, os tricampeões abriram nove pontos, a pouco mais de dois minutos para o fim e acabaram com as esperanças rubro-negras. O apagão do Flamengo foi tão surpreendente que até Guilherme, até então sumido, apareceu com duas enterradas que levantaram o público da casa, que comemorou sem parar até o estouro do cronômetro, aos gritos de "o campeão voltou".




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