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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Escolinha do Flamengo orienta futuros craques através de tecnologia




Cerca de 300 alunos participaram, em Teresina, de testes que relacionam o potencial genético com capacidade física a ser desenvolvida


Por Josiel MartinsTeresina


Wilsinho em ação na Escolinha do Flamengo, em
Teresina (Foto: Josiel Martins)

A timidez ainda é visível, mas a intimidade com a bola já demonstra um longo caminho no futuro de Wilson Brandão Neto. Aos quatro anos de idade, Wilsinho sonha alto e, assim como a maioria das crianças no Brasil, admira e se encanta com o futebol. O pequeno jogador veste a camisa do Flamengo e teve um fim de semana especial. Ele participou, junto com os alunos da escolinha do rubro-negro carioca em Teresina, de uma bateria de testes que relacionam o potencial genético com a capacidade física a ser explorada. Através do uso da tecnologia, o núcleo do Mais Querido no Piauí pretende orientar a formação de “superatletas”, os futuros craques no futebol brasileiro.

E quem sabe Wilsinho não apareça nesta lista? O jogador foi um entre as centenas de crianças que passaram pela atividade, realizada até o final da manhã deste sábado (2) por uma comissão do Centro de Excelência em Avaliação Física (CEAF). Correria, suor, tropeços, velocidade, toques na bola e sorriso no rosto. Esses foram os momentos de Wilsinho, que parece menor quando tem a “pelota” em seus pés.

E lá vai Wilsinho. Com palavras de incentivo do pai, Luciano Brandão, que acompanhou o filho durante toda a avaliação, Wilsinho executou testes de velocidade, impulsão, coordenação motora, capacidade respiratória e resistência aeróbica. Além disso, com ajuda da ciência, Wilsinho passou pelo exame dermatoglífico (coleta das impressões digitais para avaliação genética) e por uma máquina que transmite ao computador informações sobre percentual de gordura, massa muscular e equilíbrio entre os membros do corpo.

Para quem pensa que o cansaço bateu, se engana. Wilsinho ainda tem fôlego e na ponta da língua diz o clube em que sonha alcançar:

- É o Barcelona. Quero começar aqui e depois fazer parte do elenco dele. Acho que fui bem no teste – diz Wilsinho, acompanhado do pai, que enche os olhos ao acompanhar a entrevistado filho.

- Ele está desde janeiro treinando na escolinha. Foi ele quem pediu. Aos pais cabe apenas o incentivo e a torcida para que possa jogar em grandes clubes do Brasil – comentou Luciano Brandão.

Os resultados serão submetidos à análise. O laudo dos testes feitos na Escolinha do Flamengo em Teresina apontará, por exemplo, as maiores habilidades de posicionamento no campo e quais são as qualidades físicas deficitárias que podem ser desenvolvidas. Entregues, os exames ficarão disponíveis aos treinadores para orientação e formação das novas promessas do futebol.

- O objetivo é traçar o perfil de potencialidade desde criança. Vamos analisar quais foram as respostas dos exames de modo que os professores possam se basear os treinos. É possível analisar se a criança tem mais habilidade de jogar pelo meio de campo ou laterais, por exemplo. Apontar as qualidades físicas potencializadas pela carga genética traz um maior desempenho – considera Paula Roquetti, diretora do CEAF.

Se Wilsinho encontrará ou não o seu caminho no futebol, isso o tempo poderá escrever. Ao seu lado, o amigo Thiago Bruno, de sete anos, antecipa com quem pretende se espelhar no esporte:

- Cristiano Ronaldo (atacante português do Real Madri). Falta muito ainda, mas é um sonho.

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