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quarta-feira, 13 de março de 2013

Ligações, convite para intercâmbio e até reforços: como o Flamengo se apoia no 'guru' do Barcelona para superar os Gambas



Por Marcus Alves, do ESPN.com.br

Alexandre Vidal/Fla Imagem

Zico conversa com Eduardo Bandeira de Mello e Wallim Vasconcellos na Gávea
“Tomara mesmo que isso aconteça”.
Foi o que ouviu a nova diretoria do Flamengo, em novembro do ano passado, ao encontrar na feira de futebol Soccerex, no Rio de Janeiro, o CEO do Manchester City, Ferran Soriano, e fazer uma brincadeira a respeito de seu livro “A bola não entra por acaso”.

“Todo mundo no Flamengo leu. Estivemos com ele na Soccerex e falamos que a gente seria responsável por escrever o volume 2 com a história rubro-negra”, conta o vice de futebol do clube, Wallim Vasconcellos, ao ESPN.com.br.

Uma espécie de manual de gestão e bíblia dos dirigentes esportivos, “A bola não entra por acaso” revela bastidores da passagem de Soriano pelo Barcelona, entre 2003 e 2008, no processo de reconstrução do clube que enfrentava dificuldades financeiras e conseguiu retomar o caminho das glórias. Fluente no idioma português, o diretor executivo do City surpreendeu a cúpula do Flamengo pela simplicidade no trato.

Desde então, os contatos entre as partes não pararam.

“Até cheguei a falar com ele em outras duas oportunidades. É um cara ótimo, super acessível, fala português, não tem o que dizer”, comenta Wallim.

Nas conversas entre o vice de futebol e o dirigente do Manchester City, consultas para conduzir o time rubro-negro de volta à rota de títulos e, assim, superar com o passar do tempo aquele que a nova direção enxerga como o grande rival no País, o Corinthians.

“A partir da queda para a Série B, eles fizeram diversas reformas e tomaram um caminho para a profissionalização como clube que deu no que deu. A gente está seguindo algo semelhante nesses primeiros meses, procurando trabalhar na mesma linha. Então, a gente vai chegar e vai passar o Corinthians”, provoca Wallim.

A admiração que existe por Zico, uma das grandes figuras por trás da eleição da diretoria, é quase na mesma intensidade da compartilhada por seus membros para com Ferran Sorriano. Eles não negam o papel de guru do executivo responsável pelo sucesso do Barcelona na última década. Ligações, convites para intercâmbio e estreitamento de relacionamento são movimentos presentes na ainda incipiente, mas promissora aproximação com o dirigente.

“Conversei com ele para pedir sugestões. De repente, fazemos um intercâmbio com o City. Eles nos convidou para ir até Manchester e conhecer o clube. Quando estivermos na Europa, vamos respondê-lo. É sempre bom ter uma relação legal”, afirma o vice rubro-negro. “Toda vez que eles tiverem um jogador no banco e quiserem rodar, podem mandar para cá. Se tiverem interesse nos nossos também. Por isso que você tem que ter uma boa relação com todo mundo e abrir portas a pessoas que fazem as coisas corretas, como a gente está assumindo para fazer”, completa.

No processo de retomada, inspirado no livro “A bola não entra por acaso”, são dois os pilares na Gávea.

“São dois os pontos que vejo como importantes, que vão tirar o Flamengo dessa situação: a torcida e a divisão de base. Duas coisas que a gente vai investir pesado. Base é a maneira de revelar craques, coisa que a gente fazia no passado e parou. E torcida, pela sua dimensão nacional, o Flamengo tem em qualquer lugar. Estava comentando que vai ter Flamengo e Santos em Brasília. Você pode ter certeza que 80% do estádio será Flamengo, vamos jogar em casa. Mas o Flamengo trata muito mal sua torcida”, conclui.


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