Presidente ressalta que clubes cariocas têm força fora do estado e quer aproveitar oportunidade, já que não há Marcanã e Engenhão
Alexandre Araújo e Thiago Bokel
Eduardo Bandeira de Mello quer aproveitar chance de atuar fora do Rio (Foto: Mailson Santana/LANCE!Press)
Usar uma dificuldade como oportunidade. É assim que a diretoria do Flamengo está encarando a falta de um estádio para jogar no começo do Campeonato Brasileiro. O clube quer aproveitar o fato de que Maracanã e Engenhão continuarão fechados até a Copa das Confederações para mandar jogos pelo Brasil adentro. Clube que tem não só a maior torcida do Brasil, como a mais espalhada por todos os estados, o Flamengo busca se apresentar a quem raramente tem a chance de vê-lo ao vivo.
– A torcida do Flamengo é muito grande fora do Rio. Então, devemos aproveitar este potencial. Se uma coisa que o futebol carioca tem que os outros não têm é a projeção fora do Rio – lembrou o presidente Eduardo Bandeira de Mello.
O primeiro passo o clube já conseguiu: uma sinalização da CBF e da Ferj de que não irão se opor. O sinal verde faz parte de um compromisso entre a CBF e o governo federal de fazer os clubes, a partir de 2014, mandarem alguns jogos nos estádios da Copa onde o futebol é fraco. É dentro desse espírito que na rodada inaugural do Brasileiro o Santos mandará o jogo contra o próprio Flamengo em Brasília, servindo de evento-teste para a Copa das Confederações.
O nomadismo rubro-negro pode, porém, interferir diretamente no programa de sócio-torcedor. Para evitar reclamações, o desafio será encontrar o equilíbrio entre os cariocas que já aderiram ao plano e os torcedores de fora do Rio.
– Queremos continuar estreitando a nossa relação com torcedores de fora do Rio com amistosos. Isso é uma preocupação – continuou Bandeira, avisando que a situação é provisória. – Depois que o Maracanã estiver liberado, nossa intenção é usá-lo.
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