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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Alta rotatividade: mudanças no time e no banco marcam trabalho de Dorival


Prestes a completar 50 dias no cargo, técnico promove rodízio e tenta dar uma cara ao Flamengo: ‘Não tenho ainda a equipe ideal’


Por Richard SouzaRio de Janeiro

Para o torcedor, cada escalação do Flamengo tem sido uma surpresa. Para os jogadores, a lista de convocados para as partidas virou ponto de interrogação. Desde que chegou ao clube, há 47 dias, Dorival Júnior comandou a equipe em 11 rodadas do Campeonato Brasileiro. Sem contar o jogo de estreia, contra a Portuguesa, no dia 26 de julho, o técnico usou nove formações diferentes. O time do empate sem gols com a Lusa não é considerado porque foi montado pelo auxiliar Jaime de Almeida, depois que Joel Santana foi demitido. Quando Dorival chegou, na véspera do confronto, os atletas relacionados já estavam concentrados e a equipe escalada.


Dorival Júnior já usou 23 atletas diferentes no banco do Flamengo (Foto: Mauricio Val / Vipcomm)

As mudanças de Dorival foram motivadas por várias razões. Além de opções técnicas e táticas, ele perdeu atletas por suspensão, como Léo Moura, Ibson e Ramon, por exemplo; lesão, casos de Airton e Renato; e convocações, já que Victor Cáceres e Marcos González servem Paraguai e Chile. Os garotos são os que mais rodam. Depois de uma sequência como titulares, Negueba e Thomás agora não têm lugar assegurado nem entre os suplentes. Adryan, Muralha, Mattheus, Fernandinho e Nixon também foram utilizados e se dividem entre a turma das opções e a dos não-relacionados.

Para se ter uma ideia das incertezas, o meia Darío Bottinelli, titular nas duas últimas rodadas, sequer apareceu na equipe reserva no treino tático desta segunda-feira. A alta rotatividade não está restrita ao time titular. Pelos sete lugares do banco já passaram 23 jogadores. Hoje, Dorival tem um grupo com 32 atletas, sem contar os quatro goleiros. Apesar das saídas de Deivid, Diego Maurício e Jorge Luiz, o número ainda é considerado elevado pelo técnico e pelo diretor de futebol do clube, Zinho.



Dorival Júnior explica que as variações são naturais e fazem parte do processo de procura por uma equipe ideal ou próxima disso.

- Acho que isso só vai acontecer com o tempo, ainda é muito cedo. É natural que um jogue uma ou duas partidas muito bem, daqui a pouco tem uma queda, uma oscilação. Eu estou tentando jogar com as necessidades de uma partida, com a postura que cada um exerça em campo. É isso que tem feito com que eu altere em alguns momentos. É natural quando se está buscando a equipe ideal. Eu não tenho ainda a equipe ideal do Flamengo.

Ibson também já fez parte do rodízio. O volante chegou a ficar duas vezes no banco. Depois, substituiu Cáceres, convocado, e Renato, que operou o joelho direito. Sem o camisa 11, ele continua como titular e diz que as mudanças de Dorival são normais.

- Ninguém pode reclamar que está faltando oportunidade. Ele está tentando encontrar a equipe ideal. O jogador tem que trabalhar e sempre estar preparado para jogar, tem que pensar que vai jogar. É uma opção do treinador. Somos um grupo. Não existe titular e reserva, são 24, 25 jogadores com condições – afirmou o camisa 7.


As escolhas de Dorival Júnior que mais chamam a atenção:

O entra e sai de Adryan: foi titular contra o São Paulo, entrou no segundo tempo contra o Figueirense e ficou fora nos dois jogos seguintes (Náutico e Palmeiras). Depois, ficou no banco em três jogos seguidos, entrando em todos (Vasco, Botafogo e Sport). Em seguida, mais duas partidas sem sem ser relacionado (Inter e Ponte Preta). Contra o Coritiba, entrou no segundo tempo. Ou seja, toda vez que ficou no banco, entrou.

Adryan: entra e sai no time de Dorival
(Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

Fernandinho: ficou no banco e entrou contra o Palmeiras. Depois não voltou a ser relacionado e disputou a Taça BH. O Rubro-Negro foi vice-campeão.

Mattheus: ficou no banco e não entrou contra o São Paulo. Depois, ficou fora contra Figueirense e Náutico. Contra o Palmeiras, voltou a aparecer no banco e entrou. Em seguida, uma série de três jogos fora do banco (Vasco, Botafogo e Sport). Voltou contra o Inter, entrou, e ficou fora dos dois últimos jogos (Ponte Preta e Coritiba).

Camacho: titular contra o São Paulo, reapareceu no banco quatro rodadas depois, contra o Vasco – não entrou. Depois, nova sequência de quatro jogos fora do banco (Botafogo, Sport, Inter e Ponte Preta), voltando contra o Coritiba, em que entrou.

Zagueiros: Dorival já escalou cinco duplas de zaga diferentes. A titular tem sido formada por Welinton e Marcos González. Com o treinador, um deles sempre jogou. Os parceiros é que variam. Marllon, Thiago Medeiros e Frauches já foram titulares, mas nenhum agradou.

Liedson: ficou no banco contra o Náutico e estreou. Contra o Palmeiras, não foi relacionado para fazer recondicionamento físico. Na rodada seguinte, voltou a ser opção contra o Vasco, mas não foi utilizado. A partir daí, foram quatro jogos seguidos: ficou no banco e entrou contra Botafogo, Sport e Inter. A primeira chance como titular ocorreu contra a Ponte Preta. Não foi relacionado para o jogo contra o Coritiba. Segundo Dorival, novamente para fazer um reforço físico.




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