por Daniel Bortoletto
Pessoal, boa tarde. A primeira coluna Saque publicada no LANCE! em 2013 fala do interesse do Flamengo de formar times adultos para a próxima Superliga.
O vôlei do Flamengo quer renascer nos próximos anos e reaparecer no cenário nacional após mais de uma década.
O departamento de esportes olímpicos tem a ambição de criar times competitivos no masculino e no feminino para disputar a Superliga já na temporada 2013/2014.
Não é fácil tirar do papel um projeto com duas equipes com potencial de título de um ano para outro. Estamos falando de um investimento, somado, que passa de R$ 10 milhões para sonhar em fazer frente ao Sada/Cruzeiro, RJX, Sesi, Sollys/Nestlé, Unilever, por exemplo.
Para ter sucesso, o Flamengo também precisará provar para o mercado (entenda patrocinadores) e para CBV que o projeto não é aventureiro. Os times de futebol foram, durante anos, sonho de consumo dos esportes olímpicos. Quem não se lembra da final da Superliga feminina entre Flamengo e Vasco, em 2001, com Maracanãzinho lotado e repleto de estrelas da Seleção?
Imaginava-se que simplesmente a força da camisa impulsionaria o vôlei, o basquete, a natação… Mas se esqueceram que gestão, salário em dia e honrar compromissos nunca foram o forte dos dirigentes que comandam os clubes de futebol no Brasil. O que se viu, então, foi uma enxurrada de processos judiciais para receber atrasados, descumprimento de promessas e times descontinuados da noite para o dia. E esses fatores, nos bastidores do vôlei, tornaram o clube de futebol como “persona non grata” por algum tempo.
A boa notícia para o vôlei é que, no papel, o “novo” Flamengo primará por uma gestão eficiente, tocada por executivos remunerados e renomados no mercado, gastando apenas o que está dentro do orçamento. Com essas premissas responsáveis, espero, não ver, no vôlei, o exemplo do líder do Novo Basquete Brasil, que jogou os últimos três meses sem receber salários. Sabem quem é ele? É o Flamengo.
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