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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

João Henrique Areias fala de sua saída do departamento de marketing do Flamengo

post publicado em sua comunidade de marketing esportivo:

O Flamengo e a estratégia do oceano azul
Postado por Joao Henrique Areias em 10 janeiro 2013 às 10:00



No último trimestre de 2012, embarquei no projeto da Chapa Azul, liderada pelo Wallim, BAP, Godinho, Bandeira de Mello, Landim, entre outros, para concorrer às eleições do Flamengo.

Como uma estratégia muito bem elaborada pelo grupo, vencemos com relativa facilidade e o Eduardo Bandeira de Mello, assumiu a presidência para o triênio 2013-2015.

No dia seguinte, após a vitória, já estávamos em campo, visitando estádios para definir onde o Flamengo mandaria seus jogos em 2013, ajudando no fechamento do contrato com a ADIDAS, elaborando projeto de patrocínio para o basquete, re-estruturando o departamento de marketing, etc.

Nesta fase, comecei a não me sentir confortável em trabalhar com o BAP, embora o respeite e admire como pessoa e como profissional que conduziu à SKY ao posto de uma das grandes empresas brasileiras. Como ele mesmo disse, não houve "química" entre nossos estilos e eu não entendia exatamente o que ele queria como VP de Marketing, voluntário, e eu, como profissional, dirigindo uma das duas diretorias de marketing que ele criou. No último domingo, conversamos longamente e cheguei à conclusão que era melhor sair, para que ele pudesse implantar suas idéias, algumas revolucionárias, sem alguém para travá-las mesmo que involuntariamente.

Fiquei triste sim, mas a decisão foi única e exclusivamente minha. Nada a ver com planejamento x operacional, uma interpretação equivocada da nossa comunicação. Até porque, quem me conhece, sabe que sou de colocar a mão na massa e trazer resultados. Foi assim em todas as 5 vezes que passei pelo Flamengo. E também gosto de planejar com minha equipe o que vamos fazer.

Na verdade, comparo a situação como um grupo que abordou e assumiu um transatlântico que estava adernando num oceano vermelho (termo usado no excelente livro sobre planejamento estratégico - A Estratégia do Oceano Azul), navegando sob forte tempestade e tubarões vorazes rodeando o navio. Esta figura é usada no livro para representar o mercado onde as empresas competem fortemente, até que uma ou algumas, chegam ao oceano azul, onde começam a liderar o mercado e colher os frutos de uma estratégia bem feita e aplicada (vejam o exemplo recente da Apple com seus iPhones, Ipads e Ipods.).

Pois bem, o Flamengo, com seus 39 milhões de torcedores, líder de mercado em seu segmento está perdendo espaço, se debatendo neste oceano vermelho, enquanto que seu principal competidor, o Corinthians, navega célere rumo ao oceano azul.
Para mudar esta situação, precisávamos de duas ações imediatas; resgatar a credibilidade e profissionalizar o clube. Eu não tenho dúvidas de que este grupo que assumiu o clube conseguirá atingir estas metas. É questão de tempo e me arrisco a dizer que não será muito tempo, apesar da grave situação econômica, organizacional e falta de credibilidade em que se encontra o clube.

Portanto, vejo a minha situação como a do marujo que subiu no barco com os outros companheiros, no meio da noite, com forte tempestade e uma onda o fez cair no mar. Outras ondas poderão trazer novas baixas e isto faz parte da mudança, da revolução.
Como não me afoguei, estarei pronto para ajudar sempre que requisitado. Se não puder ajudar, estarei feliz e realizado por ter contribuído para que este grupo assumisse o navio e torcendo para que o levem rapidamente para o oceano azul.

João Henrique Areias
Consultor e professor de Gestão e Marketing Esportivo


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