Mario Esteves é eleito novo presidente do poder, mas não consegue mais de 80% dos votos e dá cadeira a seu rival no pleito, Gonçalo Veronese
Por Cahê Mota e Vicente SedaRio de Janeiro
Mario Esteves, presidente eleito do Conselho
Fiscal do Flamengo (Foto: Cahê Mota)
A Chapa Azul confirmou, na noite desta terça-feira, o controle sobre o último poder do clube que ainda estava sob comando de opositores da atual diretoria. Mario Esteves substituirá Leonardo Ribeiro, ou Capitão Léo, na presidência do Conselho Fiscal. Esteves é colega de trabalho do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, no BNDES. Ele venceu a eleição, que ocorreu no Conselho Deliberativo, por 579 votos a 247. O objetivo do grupo, que interrompe nove anos consecutivos de Capitão Léo, aliado de Patrícia Amorim, no Conselho Fiscal - seis como presidente e três como secretário-geral -, não foi integralmente alcançado. Gonçalo Veronese teve mais de 20% dos votos e, conforme o estatuto, sua chapa (branca) terá duas cadeiras no Conselho, que serão ocupadas pelo próprio Veronese e seu vice na candidatura, José Pires.
Mario José Soares Esteves Filho tem 56 anos e ingressou como sócio patrimonial mirim do Flamengo em 1964, sendo sócio-proprietário desde 2003 e membro nato do Conselho Deliberativo. Já foi presidente da Comissão de Finanças do Conselho de Administração. Engenheiro de produção formado pela UFRJ, tem pós-graduação em economia industrial e da tecnologia (UFRJ) e mestrado em administração de empresas, concentração em Finanças Corporativas (PUC-Rio). Engenheiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde 1980, atuou como profissional técnico e executivo nas áreas financeira, de tecnologia da informação, de controles internos, de planejamento e de operações de crédito. Desde 2009 é chefe do Departamento de Política Financeira do BNDES, onde se aposentará em junho de 2013.
No BNDES, conheceu Eduardo Bandeira de Mello e a proximidade com o atual presidente do Flamengo foi a principal contestação da chapa adversária durante a corrida pela presidência, bastante turbulenta. A candidatura de Gonçalo Veronese chegou a ser impugnada no Conselho de Administração, mas acabou homologada em recurso no Deliberativo. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM na véspera da eleição, Esteves qualificou as alegações como "balela", garantindo que desmontará o "palanque político" que enxergava no Conselho Fiscal dirigido por Leonardo Ribeiro.
Mario Esteves assume a presidência do poder no dia 1º de abril e sua missão mais urgente se refere à última gestão. As contas de 2011 de Patrícia Amorim foram reprovadas no Deliberativo. O balanço terá de ser refeito pelo novo Conselho Fiscal. Correções chegaram a ser feitas na gestão de Ribeiro, mas ele alega que o racha na diretoria de Amorim impediu que fossem colhidas as assinaturas necessárias para que o documento fosse apreciado e votado. O ex-vice de finanças de Amorim, Michel Levy, e o contador Rogério Tosca da Encarnação, que denunciou em reunião do Conselho Fiscal em 2012 a existência de R$ 7 milhões em adiantamentos sem prestação de contas, não compareceram para assinar o balanço corrigido pelo staff de Ribeiro. Ele, por sua vez, assegurou que existem os comprovantes que apenas não foram lançados na contabilidade.
Depois de resolvido o nó de 2011, o novo presidente do Conselho Fiscal ainda terá pela frente a apreciação do exercício seguinte, já que é função da casa emitir um parecer sobre o balanço anual. Só então as contas de 2012 deverão ser votadas no Deliberativo. A partir daí é que Esteves passará a analisar os números de Bandeira de Mello, como explicou na véspera da sua vitória na eleição.
Além de Esteves, os demais membros da Chapa Azul que entraram no Conselho Fiscal são: Olavo Amorim de Andrade, Edgard Augusto Duarte de Moraes, Alcides Nunes da Costa Filho e Arian Bechara Ferreira. Também foram nomeados cinco suplentes para cada uma das vagas, o que também ocorre com os lugares de Veronese e Pires.
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Fiscal do Flamengo (Foto: Cahê Mota)
A Chapa Azul confirmou, na noite desta terça-feira, o controle sobre o último poder do clube que ainda estava sob comando de opositores da atual diretoria. Mario Esteves substituirá Leonardo Ribeiro, ou Capitão Léo, na presidência do Conselho Fiscal. Esteves é colega de trabalho do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, no BNDES. Ele venceu a eleição, que ocorreu no Conselho Deliberativo, por 579 votos a 247. O objetivo do grupo, que interrompe nove anos consecutivos de Capitão Léo, aliado de Patrícia Amorim, no Conselho Fiscal - seis como presidente e três como secretário-geral -, não foi integralmente alcançado. Gonçalo Veronese teve mais de 20% dos votos e, conforme o estatuto, sua chapa (branca) terá duas cadeiras no Conselho, que serão ocupadas pelo próprio Veronese e seu vice na candidatura, José Pires.
Mario José Soares Esteves Filho tem 56 anos e ingressou como sócio patrimonial mirim do Flamengo em 1964, sendo sócio-proprietário desde 2003 e membro nato do Conselho Deliberativo. Já foi presidente da Comissão de Finanças do Conselho de Administração. Engenheiro de produção formado pela UFRJ, tem pós-graduação em economia industrial e da tecnologia (UFRJ) e mestrado em administração de empresas, concentração em Finanças Corporativas (PUC-Rio). Engenheiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde 1980, atuou como profissional técnico e executivo nas áreas financeira, de tecnologia da informação, de controles internos, de planejamento e de operações de crédito. Desde 2009 é chefe do Departamento de Política Financeira do BNDES, onde se aposentará em junho de 2013.
No BNDES, conheceu Eduardo Bandeira de Mello e a proximidade com o atual presidente do Flamengo foi a principal contestação da chapa adversária durante a corrida pela presidência, bastante turbulenta. A candidatura de Gonçalo Veronese chegou a ser impugnada no Conselho de Administração, mas acabou homologada em recurso no Deliberativo. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM na véspera da eleição, Esteves qualificou as alegações como "balela", garantindo que desmontará o "palanque político" que enxergava no Conselho Fiscal dirigido por Leonardo Ribeiro.
Mario Esteves assume a presidência do poder no dia 1º de abril e sua missão mais urgente se refere à última gestão. As contas de 2011 de Patrícia Amorim foram reprovadas no Deliberativo. O balanço terá de ser refeito pelo novo Conselho Fiscal. Correções chegaram a ser feitas na gestão de Ribeiro, mas ele alega que o racha na diretoria de Amorim impediu que fossem colhidas as assinaturas necessárias para que o documento fosse apreciado e votado. O ex-vice de finanças de Amorim, Michel Levy, e o contador Rogério Tosca da Encarnação, que denunciou em reunião do Conselho Fiscal em 2012 a existência de R$ 7 milhões em adiantamentos sem prestação de contas, não compareceram para assinar o balanço corrigido pelo staff de Ribeiro. Ele, por sua vez, assegurou que existem os comprovantes que apenas não foram lançados na contabilidade.
Depois de resolvido o nó de 2011, o novo presidente do Conselho Fiscal ainda terá pela frente a apreciação do exercício seguinte, já que é função da casa emitir um parecer sobre o balanço anual. Só então as contas de 2012 deverão ser votadas no Deliberativo. A partir daí é que Esteves passará a analisar os números de Bandeira de Mello, como explicou na véspera da sua vitória na eleição.
Além de Esteves, os demais membros da Chapa Azul que entraram no Conselho Fiscal são: Olavo Amorim de Andrade, Edgard Augusto Duarte de Moraes, Alcides Nunes da Costa Filho e Arian Bechara Ferreira. Também foram nomeados cinco suplentes para cada uma das vagas, o que também ocorre com os lugares de Veronese e Pires.
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