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sábado, 2 de março de 2013

Rígido, controlador e antenado, Pelaipe resume filosofia no Flamengo: ‘O gado só engorda aos olhos do dono’



Diretor usa Ipad e consulta porta-cartões com nomes de dezenas de empresários da bola Foto: Nina Lima / Agência O Globo
Diogo Dantas


Apoiado na boa fase do Flamengo, Paulo Pelaipe não se revela o dirigente explosivo que sofreu ameaças da torcida em meio a crises no Grêmio, onde trabalhou por 30 anos. O diretor de futebol rubro-negro aproveita a paz no início do novo trabalho para, sem toda firmeza, espalhar suas regras pelo clube. Pelo terreno do Ninho do Urubu, joga suas sementes.

Em sua sala exclusiva, reúne centenas de cartões de empresários sobre sua mesa, prefere responder emails no Ipad do que no computador, e, apesar do telefone fixo à frente, levanta a voz quando precisa de um funcionário. A aparente preguiça é falsa.

— O gado só engorda aos olhos do dono. Fiscalizo tudo, sou chato. Ligo 6h, passo torpedo, vejo tudo. A comida no hotel, sou o primeiro a entrar na concentração, olho material de treino. Futebol é detalhe. Uma bola que entra aos 90 minutos muda tua vida — ensina o gaúcho de 61 anos, avesso ao chimarrão.

— Sou um gaúcho frio — surpreende —, rejeitando o rótulo de durão. — Eu sou pelo direito. E tenho personalidade para cobrar que as coisas saiam direito — diz.

Pelaipe ajuda funcionário a organizar a mesa de café no CT Foto: Nina Lima / Agência O Globo



Contra críticas, Pelaipe usa a torcida como advogada. — O gado só engorda aos olhos do dono. Eu não sou o dono do Flamengo. O dono é a torcida. O torcedor quer o clube bem cuidado — apela.

Segundo o diretor, o cuidado vai gerar uma série de mudanças. O plano inicial de montar uma comissão técnica permanente será em breve implementado, e o preparador Celso de Rezende será contratado como funcionário fixo, se desvinculando do técnico Dorival Júnior. — O Dorival já concordou — avisa.

Em conversa com o treinador, já ficou acordada também o reajuste salarial previsto em contrato para o meio do ano, mas a renovação não está garantida.

— Isso é com o vice de futebol — esquiva-se Pelaipe.

Outra ideia para 2014 é criar a categoria sub-23 para colocar jogadores da base com potencial e até fazer excursões pelo Brasil. — O Flamengo é uma grife _ diz, mostrando que já entendeu a dimensão do novo desafio.

Confira a entrevista completa:

Em conversa franca, diretor fala das novidades para o futebol rubro-negro e de sua filosofia Foto: Nina Lima / Agência O Globo



JOGO EXTRA: Em pouco tempo de trabalho você já conseguiu implementar sua filosofia no Flamengo para resultados em campo tão rápidos?

- O resultado de campo é em função de uma pré-temporada bem feita, de ter mantido a comissão técnica, também quase 80% do grupo do ano passado. Agregamos seis jogadores apenas. Procuramos fazer contratações dentro do que o Flamengo tinha necessidade. Os jogadores entenderam a filosofia de trabalho rápido. Ninguém aqui é salvador da pátria, não estamos inventando nada. A forma de trabalhar é de seriedade. Quando começou a competição o jogador já sabia a premiarão para o título estadual, chamamos as lideranças do grupo, dissemos a eles. Dialogando, dizendo o que vai acontecer, e as coisas estão acontecendo. A função do dirigente não é dar entrevista, estar na linha de frente, fazer oba-oba, é dar condições para os profissionais. Dar a melhor alimentação, concentração, não deixar faltar nada para os jogadores para eles jogarem futebol. A diretoria nova assumiu e está honrando aquilo que disse, com os profissionais do futebol, estamos recebendo o apoio e as coisas estão sendo tratadas com seriedade. Existe nesse momento um trabalho de uma equipe que está se entrosando, se conhecendo, e os resultados de campo acontecem pela qualidade dos profissionais que temos: na parte médica, preparação física, técnica. Os jogadores estão comprometidos também. Não tivemos nenhum problema disciplinar. Os mais experientes ajudam aos mais jovens. Dão exemplo. Como Renato, Cleber Santana, Léo Moura, Felipe... O Ibson fez uma grande pré-temporada e está colhendo os frutos. O jogador não tem que ter medo de dirigente, tem que ter respeito. E isso eu sinto aqui. Eu respeito jogadores e comissão técnica e eles me respeitam. Estou satisfeito com a produção, mas não ganhamos nada.

JOGO EXTRA: O que foi conversado de início para mudar o pensamento, não repetir as boas campanhas como em 2011 e virar festa fora de campo?

- Eu tenho uma forma, quem estava no meu lugar tinha outra. Eu trabalho fiscalizando tudo, sou chato. Ligo 6h, passo torpedo, fiscalizando, olho tudo, vejo tudo. A comida no hotel, sou o primeiro a entrar na concentração, vejo se a comida está em condições, estou controlando, estou olhando, vou olhar material de treinamento, se não falta nada, se os jogadores estão recebendo chuteiras, falo com os representantes, procuro estar atento aos detalhes. Futebol é detalhe. Uma bola que entra aos 90 min muda toda a tua vida. Se tu fizer um trabalho bom mas não tiver o resultado de campo, pode ser reconhecido mais na frente, mas não de imediato.

JOGO EXTRA: Então você tem orgulho desse controle extremo?

- Evidente que tomo como orgulho. Aqui interpretam errado, e já tomei algumas pauladas. O gado só engorda aos olhos do dono. Eu não sou o dono do Flamengo. O dono é a torcida. O torcedor quer ver o clube bem cuidado. O torcedor sacrificado, que trabalha o dia todo, domingo o que ele tem de mais sagrado? Ver o Flamengo jogar. Aí tem uma equipe desleixada, que não tem sangue, não tem vontade? Eu tenho obrigação de zelar pelo patrimônio do Flamengo. A confiança da diretoria também, eu tenho responsabilidade com essas pessoas, mas muito mais com a Nação. Não é uma camisa qualquer. É uma grife.

- JOGO EXTRA: Já sentiu a diferença da cobrança e da dimensão do clube?

- Já senti diferença. Em 30 anos nunca tive uma mídia assim, tanta cobrança, tanta exposição. São dez páginas para o Flamengo e metade para os outros clubes.

JOGO EXTRA: Como é esse seu controle, por exemplo, no vestiário, na concentração?

- Vestiário é dos jogadores e da comissão técnica. Nao é para conselheiro, torcedor. Isso fica na arquibancada. Vestiário é lugar sagrado. Não pode ter criança batendo bola na área de aquecimento. Assim como o CT, que é dos atletas, da comissão técnica. Até o fim do ano esperamos que essa estrutura esteja terminada. Na concentração somos flexíveis, no dia anterior a concentração, entre o jantar e a ceia, o jogador antede familiares, filhos, esposa, não somos contra. Mas no dia de jogo não entra ninguém na concentração. O dia é para descansar, se alimentar. Nao entra empresário, assessor de imprensa. Um assessor foi convidado para sair porque estava la vendendo relógio, muamba, óculos, celular, e em dia de jogo não permito. Mas não sou eu que não permito. O Flamengo não permite. Eu apresentei um projeto que foi aprovado pelo presidente e pelos vice-presidentes. Nao estou fazendo sem respaldo. Principalmente do vice de futebol, despacho com ele, mando relatório pela manhã e à tarde para o Wallim Vasconcelos do que acontece no dia a dia.

Quadro com informações de jogadores na sala do executivo Foto: Nina Lima / Agência O Globo



JOGO EXTRA: Se essa filosofia tivesse sido aplicada na época em que Adriano e Ronaldinho Gaúcho estavam aqui, acha que daria certo?

- Não posso falar de uma coisa que não aconteceu. Ronaldinho foi meu jogador no Grêmio e nunca tive problema com ele. Foi meu jogador nos juniores e no profissional. É a forma de tratar. Fiquei no Grêemio mais de um ano e nunca tive problema com jogador nenhum. Trabalhei dez meses com o Vanderlei (Luxemburgo) e não tive problema com ele.

JOGO EXTRA: Lá, como aqui no Flamengo, o Vanderlei fiscalizava tudo?

- No Gremio eu fiscalizava tudo, e o Vanderlei treinava o time. Ele era o treinador e a gente conversava. Como aqui converso com o Dorival. Para saber o que pensa, o que vai fazer para o próximo jogo, tenho que saber para passar ao meu vice. Agora quem escala o time é o treinador. Fui assim com o Tite, Mano Menezes, Celso Roth, Vanderlei. O Vanderlei é uma pessoa de diálogo que colocava as ideias dele. As pessoas reclamam da minha forma, mas eu aceito diálogo, já mudei posicionamento em função de ponderações. A gente está aprendendo todo dia, não sabe tudo. A gente nao é o dono da verdade. Se não tiver dialogo nao vai a lugar nenhum.

JOGO EXTRA: Mas o que você não abre mão?

- Nao abro mao da hierarquia. O comando é meu. Ouço todo mundo, mas a última palavra é minha.

JOGO EXTRA: O processo de profissionalização do Flamengo é possível em quanto tempo?

- Tem que profissinalizar ele todo. Desde a base. Por isso trouxe o Marco Biazzoto. No Grêmio fiz a integração do futebol desde o mirim até o profissional, com um comando único, do Wallim, meu e um coordenador da base. Dentro desse trabalho com os meninos, se um passa para o profissional e se firma, tem o mesmo salário dos outros jovens. O Flamengo jáa fez uma escala para eles. Todos ganham igual. Com o desempenho em campo vão ter suas vantagens. Outra coisa são as avaliações permanentes dos jogadores que têm futuro. Tem que conhecer a lei. Não pode acontecer de um menino se destacar e ficar nessa pendência que ficou o Mattheus. Um ano e meio atuando sem ser valorizado. Mas tem que começar a avaliar periodicamente, por isso a integração, não podem ser áreas estanques. O coordenador técnico da opinião, o treinador, o diretor, ate vir a avaliação do executivo do clube, que vai avaliar se vai fazer contrato longo, se tem futuro. É cuidar do patrimônio. E estar por dentro da lei. Temos que preparar o Flamengo como clube formador, para termos registro na CBF e ter direitos adquiridos sobre atletas acima de 14 anos. Hoje só meia dúzia de clubes tem esse certificado no Brasil, um dos primeiros foi o Gremio, comigo e com o Biazzoto. Isso te dá o direito da formação, o jogador nao pode ser roubado do clube por outro clube ou um empresário. Com o selo da CBF há garantias. Se vender o jogador para o exterior tem participação de 5%.

JOGO EXTRA: Os deveres do clube implicam no direito para os jogadores. O que vocês prometeram?

- Queremos que no segundo semestre ou em 2014 o jogador trabalhe o mês de janeiro e no dia 5 de fevereiro receba os salários. Entre o dia 5 e o dai 10. Como uma empresa. Nesse momento está difícil. Para jogador não pode prometer, porque não pode perder o crédito com eles. Se disser que vai pagar dia 10 tem que pagar. Não estamos prometendo o que nao podemos cumprir. A política é de pés no chão, realista, fazendo o que se pode honrar. Nesse momento a maior contratação é resgatar a credibilidade com os parceiros, os clubes coirmãos e os atletas.

JOGO EXTRA: Você chegou querendo criar uma comissão permanente, isso avançou?

- Sim. Vamos conversar com o Celso de Rezende e nossa intenção é contratá-lo para ser o preparador físico do Flamengo, o Dorival ja concordou, vão ficar independentes. Colocamos para o Dorival de forma clara. Tenho uim ótimo relacionamento com ele, é um ótimo técnico e pessoa de nível, qualificada, que tem dialogo, posicionamento, a gente conversa olho no olho de forma transparente. Um treinador e um diretor é como um casamento, tem que ter cumplicidade. Eu estou casado há mais de 20 anos, se não tiver transparência no convívio cada um vai para um lado. Tem que conversar, ele dizer o que pensa, as angústias, e aquilo ficar para mim. Eu também falar das preocupações, e isso a gente tem. Sempre tive com todos os treinadores, nunca tive problema nenhum. Faziam apostas por ai que eu não conseguiria trabalhar com o Vanderlei. O Mano se tornou meu amigo. Agora estou conquistando outro parceiro aqui que é o Dorival, com uma convivência boa, amistosa, tranqüila. Os jogadores também gostam dessa organização, de chegar no vestiário com um momento só para eles, de se preparar, fazer um bom aquecimento, sem tumulto, gostam que tenha dirigente que defenda eles, que vai na diretoria, nas finanças, cobrar, e eu cobro, vejo dia de pagamento, pergunto se esta tudo ok, essa é minha missão.

JOGO EXTRA: O Mano esteve nos planos antes de você conhecer o Dorival?

- O Flamengo nunca pensou no Mano. Nunca esteve nos planos. O que tinha com o Dorival era um acerto, um ajuste que precisava ser feito. Só isso.

JOGO EXTRA: Ele receberá um aumento no meio do ano ainda?

- Foi acertado e ajustado tudo. Era uma das coisas que precisava ser feito.

JOGO EXTRA: Já podemos dizer que há planos para a renovação dele no fim do ano?

- Quem fala sobre isso é o vice de futebol. Só digo que o Dorival é um treinador muito bom, uma excelente pessoa, e tenho certeza que vai ter vida longa no Flamengo pelo trabalho que vem fazendo. A comissão técnica do Flamengo é a que está aí. Não tem nenhum tipo de mudança.

JOGO EXTRA: Para o Brasileiro haverá mudanças no time com mais reforços?

- Posso dizer que estamos permanentemente reunidos com a comissão técnica, para a Copa do Brasil e Brasileiro tem que ter mais uns quatro reforços porque são competições longas. O dirigente tem que olhar para frente para não fazer as coisas correndo, de forma que fique a mercê da negociação. Você tem que conduzir o negócio, e não o negócio te conduzir. Se não contratar, na última hora no desespero paga qualquer preço. Temos gente olhando os estaduais pelo país todo. Quando terminar a competição tem um relatório de atletas por posição, vamos fazer as avaliações internas, saber para onde precisa de reforços, no Brasileiro tem que ter elenco. Joga domingo, quarta e domingo. De Norte a Sul do Brasil. Tem cartões, lesões… Não pode se enganar.

JOGO EXTRA: O Flamengo deve ter uma meta de venda de jovens por ano?

- Isso ai é uma coisa que será discutida com a diretoria. É importante no Flamengo, que tem essa carência financeira, ter um aporte de venda de jogador. Mas não precisa vender o top, porque se faz muitos jogadores aqui. Pode ir a mercados vender cinco jogadores que não sao aproveitados no futebol profissional, mas em locais como a França, Leste Europeu, são. O time do Braga tem 12 brasileiros. Tu vende cinco por ano por 1 milhão de euros cada, e ele não seria aproveitado no teu clube, mas numa Série B francesa, na Romênia, Russia, Belgica, Holanda, você vende. Ou entao você faz uma sub-23. Nossa intenção no futuro é essa. Criar uma nova categoria sub-23 para jogar quem volta de lesão, para pegar ritmo, botar atleta da base que está se destacando, fazer excursões, para a torcida ver o Flamengo em lugares que normalmente não ve, está dentro do nosso projeto para 2014. Para isso temos que ter o CT melhor equipado, com os campos prontos, para abrigar mais jogadores.

JOGO EXTRA: Você brigou com o Rodrigo Caetano para trazer o Carlos Eduardo para o Flamengo? Considera ele sua cria?

- Não existe cria. Ele estava trabalhando no Sul e o Grêmio o contratou. Eu era o homem do futebol, vi todo o excelente trabalho dele na categoria de base, e chegamos a conclusão da importância dessa unificação, ele teve participação decisiva para que fizéssemos essa profissionalização, assumiu como diretor executivo, depois veio para o Rio e faz um trabalho excelente. Agora eu tenho o maior respeito por ele e ele por mim. Nesse momento existe respeito, mas as movimentações estão em campos opostos. Eu pelo Flamengo e ele pelo Fluminense. Eu não vou nunca desconhecer a capacidade profissional dele, que é uma pessoa séria, decente, mas vou brigar pelo vermelho e preto. Respeito e admiro ele, não existe inimizade, existe afastamento natural. A mesma admiração que tenho pelo Rodirgo ele tem por mim. Nunca vão me ver falando mal dele. Não se pode tirar mérito de quem tem mérito. E ele tem muito.

JOGO EXTRA: No futebol você fez mais amigos ou inimigos?

- Mais amigos. Bastante amigos. No Sul sempre trabalhei no Grêmio, mas tenho muitos amigos colorados, que me queriam lá pelo que fiz no Grêmio. Iniciei no Grêmio como amador, e quando tu faz política no clube fica em campos opostos com muita gente. Eu apoiava um candidato e ficava algum distanciamento. No futebol às vezes não tem muito inimigo, mas pessoas invejosas que gostariam de estar no teu lugar. O futebol te dá visibilidade. Imagina quantas pessoas gostariam de estar no meu lugar no Flamengo? Do Rodrigo no Fluminense? Do Edu Gaspar no Corinthians? Às vezes as pessoas não são suas inimigas, queriam estar no seu lugar, tem inveja, evidente que tu não agrada a todos.

JOGO EXTRA: O Pelaipe seria um Eurico da Gávea?

- Não. Nada a ver. Eu não sou durão. Eu sou pelo direito. E tenho personalidade para cobrar que as coisas saiam direito. Cobrar e querer as coisas certas. Eu não abro mão da hierarquia, não vou tomar decisão que nao é minha, é do Wallim, jamais vou humilhar um funcionário, pisotear. Eu tenho outro estilo. No Grêmio em 18 meses reajustei do porteiro ao último funcionário, fiz uma nova estrutura profissional e os que ganhavam menos tiveram aumento. Sempre olho muito para o lado social.

JOGO EXTRA: O que te dá medo?

- Só tinha medo da morte. Sempre pedia a Deus me dar saúde para criar meus filhos. Os dois estão muito bem encaminhados. Tenho minha mãe viva e com saúde. Uma esposa maravilhosa. Sou realizado. Deus foi generoso comigo.

JOGO EXTRA: O que te faz rir no dia a dia?

- Uma boa piada.

JOGO EXTRA: Não ser boleiro atrapalha o dirigente?

- Não. Converso bastante com Cantarelli (preparador de goleiros), Jaime (de Almeira, auxiliar). Falamos do Carnaval recentemente.

JOGO EXTRA: Você gosta de carnaval? Foi esse ano?

- Gosto. Fui admirar o espetáculo, vi a Beija Flor e Vila ISabel campeã. Foi a primeira vez. Ano passado eu viria, estava com hotel pago, mas caiu o Caio Junior no sábado e abortei minha vinda.

JOGO EXTRA: Então você é um gaúcho que curte samba?

- Adoro samba. Em Porto Alegre já desfilei em escolas de samba. Minha esposa já saiu na Mangueira.

JOGO EXTRA: Tem alguma musica preferida?

- A do Fagner, Borbulhas de Amor, foi quando conheci minha mulher. Saímos, fomos num jantar, tirei ela para dançar, e tocou essa música. Mas eu gosto mesmo é de Franck Sinatra, Bob Marley, Zeca Pagodinho. Música gaúcha mais ou menos. Gosto do Roberto Carlos. Sou muito fá do Zeca Pagodinho.

JOGO EXTRA: Nunca te vi com um chimarrão...

- Nåo tomo. Nem em casa. Sou um gaúcho frio.

JOGO EXTRA: Podemos dizer que o Flamengo será outro quando?

- O Flamengo já é outro hoje. Um clube que está sendo respeitado. Esse negócio do Elias, por exemplo. O Jorge Mendes, empresário dele, o maior da Europa, fez um investimento. Ele comprou o jogador do Atletico de Madrid, mandou pro Sporting, e repassou agora para cá. Eles vêm com passe fixado. Podemos comprar, se tiver dinheiro, ou investidor. Quando se traz jogador desse quilate, traz para recuperar o futebol dele, que lá é mal aproveitado. Aqui tenta recuperar o futebol de quando foi vendido. Se o Carlos Eduardo estivesse jogando o que jogava não tinha vindo, pagaram 24 milhões de euros para leva-lo para a Rússia. E veio de graça. Fizemos um trabalho bom na preparação física, queremos vê-lo chegar na seleção. Mas você só consegue trazer quando não esta bem, mas aqui tem condições de recupera-lo. Tendo investidores e viabilidade financeira dá até para segurar. A preferencia é do Flamengo.

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